terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cadê o meu jornal impresso?


Assim como o livro e a fotografia vem sofrendo transformações em sua forma de comunicar uma determinada informação, o jornal segue a mesma linha de mudança. O tradicional suporte de papel impresso vem sendo cada vez mais substituído (ou complementado) pela versão online na internet.

Primeiramente, é importante falar sobre o surgimento do ciberjornalismo que ocorreu a cerca de uma década e meia atrás momento em que os jornais passaram a produzir versões online da versão impressa. Nessa época havia apenas a transposição de um suporte para o outro. Aos poucos os recursos foram adaptados aos jornais online chegando ao ponto deste oferecer informações exclusivas que não poderiam ser encontradas na versão impressa.

Apartir daí as coisas foram tomando rumos cada vez mais revolucionários. Se por um lado temos a transformação da informação jornalística por outro vemos o profissional jornalista tendo que adaptar-se a nova realidade inserida a sua profissão. É importante frisar essa transformação para os jornalistas, pois às vezes, temos a sensação que isso só ocorre na Biblioteconomia e que está profissão será extinta pela informatização (besteira). Vemos o exemplo dos colegas da comunicação que tiveram não só que entender as novas ferramentas, mas também adaptar-se as elas e utilizá-las em seu benefício. Acho que falta um pouco disso no Bibliotecário: vontade de sair da sua zona de conforto e se apropriar dos recursos que surgem ao invés de ficar profetizando que sua profissão irá acabar com a internet. Enfim....

Voltando ao jornalismo, não é preciso comentar as transformações ocorridas. A versão online passou a utilizar o hipertexto (possível somente no computador), o dinamismo da informação outrora totalmente estática, a minimização dos custos, já que a versão online pode ser mais barata, o alcance mundial que pode ser obtido, etc. Porém, entre todas as transformações destaco a velocidade que uma nova informação pode chegar até nós. Parece que não existem mais barreiras de espaço e tempo e a realidade é reconstruída a cada segundo. Conforme Harvey (2000, p. 219) “[...] revolucionam as qualidades objetivas do espaço e do tempo ao ponto de alterarem, às vezes radicalmente, o modo como representamos o mundo e nós mesmos.

Se o a versão impressa e online do jornal continuarão sobrevivendo em concomitância, eu não sei, mas é certo que o online está infiltrando-se e a cada dia que passa ganha mais adeptos nessa nova forma de comunicar. Segue um link com uma enorme lista de jornais online, nacionais e internacionais. Boa leitura! < t="001">


REFERÊNCIA

HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 2000.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Repositórios de Vídeos Educativos


Bem como os bancos de imagens, que tem por objetivo tratar e organizar as imagens em um local, os repositórios de vídeos são ambientes, com finalidade semelhante, que tratam e organizam só que uma informação não visual e sim multimídia. São utilizados por diferentes públicos podendo assim englobar todas as áreas do conhecimento.


Educar pessoas com maior amplitude e flexibilidade
de olhares é um dos caminhos indispensáveis para
se construir sociedades cada vez mais humanas,
democráticas e solidárias. (Santomé 1996,p.62)


Os repositórios de vídeos educativos são muito úteis na EAD – Educação a Distância. A EAD é uma modalidade de ensino-aprendizagem que visa flexibilizar o espaço e o tempo. Esta flexibilidade refere-se ao fato do aluno fazer o seu planejamento de tempo e local de estudo. Através desses repositórios os professores podem partilhar vídeos interessantes para seus alunos. Como repositório de vídeo educativo destaca-se o Youtube EDU, que é uma ferramenta educativa que organiza multimídias com informações importantes. Fiz uma busca para descobrir o que era, sua função mas não obtive sucesso. Pelo que entendi é parte do youtube com a função de organizar vídeos de carater educativo, onde cada área do conhecimento possui um repositório específico para seus vídeos.


O youtube Edu e outros repositórios educativos servem como um recurso adicional para aqueles que buscam utilizar novas ferramentas na aprendizagem. De forma dinâmica e prática, os vídeos além de auxiliarem no ensino o tornam muito mais interativo, o que é muito valorizado nos dias de hoje, a troca de conhecimento.



Realizei uma busca de textos que tratassem do assunto e encontrei dois trabalhos fantásticos: o primeiro é sobre "O vídeo e a educação digital" que trata extamente sobre educação somada aos vídeos, com muitos exemplos de repositórios, até mesmo de bibliotecas: http://br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/343/0.


O segundo texto trata sobre "Repositório de vídeos educacionais adaptado as necessidades tecnológicas de usuários de dispositivos móveis", muito interessante: http://www.inf.pucminas.br/sbc2010/anais/pdf/wie/st05_04.pdf.




REFERÊNCIAS:

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar e a compreensão da realidade: o currículo integrado. In SILVA, Luiz Heron (org). Novos mapas culturais novas perspectivas educacionais. Porto Alegre, Sulina, 1996. P. 58-73.



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vídeo ou não vídeo: eis a questão

No último post, comentei sobre bancos de dados como uma ótima ferramenta na busca de imagens. Hoje, o foco do post é sobre vídeos como parte do processo de difusão da informação. Assim como a foto, o vídeo é um recurso altamente em nossos dias. Ele pode ser produzido por profissionais especializados ou por amadores. Também podem ser de interesse geral, como entretenimento, ciência, educação, indústria, etc. É possível assistirmos aulas, conferências, debates, eventos em geral, etc. Mas será que é possível a inserção de vídeos como parte da aprendizagem e do processo da informação?

Forma de contar multilingüística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito. (MORAN, 1995.)

Acredito que o vídeo é um método que deve fazer parte do ciclo que permeia a informação. Quando utilizamos os recursos que estão disponíveis, não só estamos enriquecendo nosso conteúdo como também fortalecendo o conhecimento que estamos transmitindo, já que o ser humano aprende muito mais quando vê do que quando só ouve. Para os bibliotecários é fundamental a utilização desse método promovendo a sua Unidade de Informação e também permitindo uma maior interação com seu usuário. Em uma sociedade que apresenta cada vez mais uma tendência em que a interação é muito valorizada, é importante que o bibliotecário adote e traga estas ferramentas para dentro da sua biblioteca. Vídeos sobre como usar o catálogo, como retirar livros, como realizar pesquisas, enfim, algumas dicas interessantes para reflexão.


Devido à grande gama de materiais gravados que surgiram apareceram também os repositórios para vídeos. Dentre eles destaco o Youtube, sendo este um hospedeiro de milhões de vídeos caseiros, programas, filmes, videoclipes, etc. Existe uma infinidade de opções para todo e qualquer tipo de gosto. No quarto semestre fiz a disciplina de estatística (por ser obrigatória) e para a aplicação de alguns métodos estatísticos era necessária a utilização de um programa para tratamento dos dados chamado de SPSS Bom, para um aluno de estatística é barbada, mas para um estudante de Biblioteconomia, nem tanto. Quando percebi que os livros e CD-ROM não seriam o suficiente, pois eram muito teóricos e não práticos, busquei no Youtube, e para minha surpresa, encontrei muitos vídeos de professores e estudantes ensinando como utilizar o programa. Salva do perigo fiz o trabalho e correu tudo certo!


Referência:
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm 06/08/2008. Acesso em: 04 out. 2010